quinta-feira, 25 de dezembro de 2008







O Sentido do NATAL

Os profetas já tinham anunciado...
“Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. ”(Is 11,1).
“O próprio Senhor vos dará um sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7, 14).
“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma Luz... um Menino nos nasceu, um filho nos foi dado, a soberania repousa sobre os seus ombros, e ele se chama: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Príncipe da Paz” (Is 9,1-7)
E o profeta dá uma amostra do Reino a ser implantado por esse Menino Deus:
“Então o lobo será hospede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi. A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da serpente. Não se fará mal nem dano em todo o meu Santo Monte.” (Is 11, 1-9)
O Natal é a festa do amor de Deus pelo homem. Para salvar a criatura amada, Ele mesmo se faz homem, assumiu a nossa frágil natureza, sem perder a divina, e veio resgatar o que estava perdido. A humanidade tinha uma dívida impagável com Deus; e nenhum homem poderia pagar este resgate. Esse Homem tinha que ser ao mesmo tempo homem e Deus, para ser a ponte – o Pontífice – entre Deus e o homem. O rio do pecado havia derrubado a ponte da comunhão da humanidade com Deus.
Jesus veio pagar a nossa dívida. O Redentor, assumindo a natureza humana, se tornou o único Mediador entre Deus e o homem. Em virtude da natureza humana Ele pode morrer; em virtude da natureza divina pode ressuscitar e nos devolver a vida eterna para a qual fomos criados.
Aquele que nasceu na terra é o mesmo que foi gerado desde toda a eternidade, consubstancial ao Pai e ao Espírito Santo, “Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro”!
Depois que o Verbo de Deus se fez homem, ninguém mais pode duvidar do amor de Deus pela humanidade. Seria blasfêmia. O Deus infinito se fez limitado, o Rei do universo se fez escravo, o Soberano das nações se fez pobre para nos enriquecer, o Imortal assumiu a nossa morte para destruí-la...
Na criancinha do estábulo somos levados a adorar a divindade e a vislumbrar a glória do Pai que está no Filho, e que foi concebido no seio da Virgem Maria, pelo poder do Divino Espírito Santo.
São Leão Magno num de seus mais belos sermões de Natal, relembra a nossa grandeza: “Reconhece, ó cristão, a tua dignidade, e, já que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à antiga vileza com procedimentos indignos de tamanha nobreza”.
Jesus nasceu para nos transladar para o Reino da luz , do qual é preciso começar a participar já nesta terra. Então, diante do Presépio, o batizado deve se lembrar que, ao ser regenerado na pia batismal, se tornou o templo vivo da Trindade Santa e que, portanto, não pode mais cometer más ações que expulsem Deus de sua alma, e o faz submeter-se, de novo, à escravidão do diabo.
Diante da manjedoura, que cada um renuncie às obras da carne (Gl 5,19). Somente assim as alegrias do Natal serão verdadeiras e não uma mera comemoração externa de um fato histórico.
São Leão Magno frisa no seu Sermão que: “Nasceu hoje o nosso Salvador”. Este “hoje” quer dizer que a mesma eficácia salvífica que o acontecimento de Belém trouxe ao mundo, acontece “hoje” para aqueles que participam desta Festa através da liturgia. Os atos salvíficos de Cristo se realizam novamente, dando à alma fiel as graças do Natal. O Redentor repete a cada um o que foi dito através do profeta Isaías: “Aqueles que esperam em mim não serão jamais confundidos” (Is 49, 23).
O Menino-Deus nascendo numa pobreza total vem nos ensinar que não são os bens terrenos a fonte da felicidade verdadeira, e nos convida a conquistar um reino de eterna felicidade, destino e grandeza de quem foi criado à imagem e semelhança de Deus.
O silêncio da gruta santa de Belém, bem longe do barulho de uma civilização hedonista e materialista, chama-nos à adoração e à meditação. Naquela gruta pobre e simples, encontramos os melhores modelos de justiça e santidade: Jesus, José e Maria.
A transcendência do Natal nos convida a nos colocarmos a serviço deste Menino, que veio para implantar entre nós o Seu Reino de paz, amor, justiça, verdade, santidade e liberdade; que são os nossos maiores anseios. Por isso, a melhor maneira de viver bem o Natal é comprometendo-se com Jesus a trabalhar pelo seu Reino, através da Igreja, com amor puro e reta intenção.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

POR QUE SOU CATÓLICO?

Sou católico porque estou convicto que Jesus Cristo é Deus, e que a única igreja que Ele fundou foi a que hoje chamamos de Igreja Católica Apostólica Romana.
Sou Católico porque temos Jesus vivo na Eucaristia, em todos os sacrários da terra. É a única igreja que Deus esta vivo e presente, de modo real e substancial (corpo, sangue, alma e divindade), por amor a nós.
Sou católico porque a igreja tem o sacramento da confissão, de que me dar à certeza que todos os meus pecados são perdoados.
Sou católico porque a igreja tem uma historia belíssima de mais de 2000 anos, ininterrupta, com uma serie continua de 266 papas e 21 concílios ecumênicos. (Concilia reunião do papa com os bispos que declaração de um dogma, uma verdade de fé imutável.)
Sou católico porque mesmo com muitos erros cometidos pelos seus filhos, leigos e clérigos, a igreja permanece santa imaculada. Pois, Jesus é a cabeça e o Espírito Santo é alma.
Sou católico porque Jesus garantiu à sua igreja infalibilidade nos assuntos de fé e moral; isto é, naquilo que é essencial para leva o homem à salvação.
Sou católico porque onde está Pedro, está a igreja; onde está a igreja, está Jesus. “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei A minha igreja.” (Mt. 16,18a)
Sou católico porque foi a igreja que montou a bíblia; isto é, discerniu quais os livros que fariam parte dela. Por isso ela é a única interprete oficial da palavra de Deus. Os protestantes fizeram o desfavor de alterá-la. “I e II Macabeus, sabedorias, eclesiástico, Tobias, Ester e Judite.”
Sou católico porque Jesus deu a sua mãe, a virgem Maria, para ser também a minha mãe. “Quando Jesus viu a sua mãe e o discípulo amado, disse a sua mãe: ‘mulher, eis ai o teu filho’(...) daquele dia em diante o discípulo a recebeu em sua casa.”
(Jo. 19,26-27)
Sou católico porque é Jesus que fala pelo papa. “Quem vos ouvir, a Mim ouve; quem vos rejeitar, a Mim rejeita”. (Lc. 10,16)

“Igreja santa de homens pecadores”
(Karl Rahner)


Bibliografia:
AQUINO, Felipe Rinaldo Queiros de. Por Que Sou Católico. São Paulo. ed.Lorena: Cléofas, 2008


Por: Fabio Carvalho
Missionario Ave-Maria