Um momento de
transformação, renovação e retorno às origens. Assim descreve a situação atual
da vida religiosa o Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para a
Vida Consagrada, em palavras ditas a propósito do dia Mundial da Vida
Consagrada.
Ele afirmou que enquanto na
Asia, África e América Latina existe a necessidade de confirmar se todas as
vocações que surgem são de boa fé; na Europa, Estados Unidos, Canadá e
Austrália é necessário um empenho para voltar aos ensinamentos dos fundadores e
reforçar a vida comunitária ainda que isso suponha diminuir o número.
Para o Cardeal, “O mais
importante não são as obras. Mesmo que elas se desenvolvam muito, as obras são
fruto de um carisma. Temos que estudar se trabalhando em tantas obras o carisma
permanece. Porque, se o carisma não se mantém, as obras morrerão. É melhor
diminuir as obras e que o carisma seja mantido. Ou seja, voltar à mensagem
fundamental dos fundadores enfocada no Evangelho”.
O cardeal explica a
importância de voltar às raízes e mostra que na história houve casos de
congregações que tinham um só membro vivendo autenticamente sua missão e depois
voltaram a ter 3.000 membros.
“Se não se tem como centro a
graça pela qual nasceu a congregação, o carisma morrerá, se não se cuidar
disso”, disse Dom João de Aviz.
Outro desafio apontado pelo
cardeal foram as relações entre as Ordens Religiosas. É necessário que exista
uma maior comunhão entre elas, disse.
O Prefeito da Congregação para
a Vida Consagrada mostrou que “Na Igreja temos que aprender a ajudar nos. Se um
carisma sofre, necessita de outro que está em uma boa situação que possa
ajudar. Porém, em todos os sentidos: economicamente, na formação, nas vocações.
Quantas coisas pode-se fazer juntos para ajudar-nos Às vezes estamos demasiados
ilhados e isto nos traz dano!”.
Dom João Braz de Aviz
disse ser mais importante a autenticidade da missão que o número de membros ou
instituições. O Cardeal vê sinais de esperança ainda que haja muito trabalho
para ser feito.
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